Será chamado “Deus Conosco” 4l1u5f

A Liturgia desta Missa abre-se com a célebre profecia de Isaías: O Próprio Senhor nos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará a luz um filho, e o chamará “Deus Conosco”. E o Evangelho no afirma que  esta profecia se cumpriu em Maria, que em sua virgindade deu à luz Jesus Cristo. Tudo isto – comenta o Evangelista – aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta.

Com estes dois tópicos da Escritura somos introduzidos no coração do Natal. O Mistério do Natal é este: Deus, em Jesus Cristo se fez Emanuel, o Deus Conosco. Um Deus próximo, no meio de nós.

Primeira Leitura (Isaías 7, 10-14) 

Monição: A Virgem conceberá e dará à luz um filho. Esta profecia realizou-se em Maria. A Igreja sempre professou a Virgindade real e perpétua de Maria. O nascimento de Cristo não diminuiu, antes consagrou a Virgindade da sua Mãe (LG 57).

Salmo Responsorial Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. 7c e 10b)

Monição: Neste salmo celebramos já o Messias cujo nascimento vamos comemorar. Para celebrar o Natal precisamos de ter um coração puro e mãos inocentes.

Segunda Leitura (Romanos 1, 1-7)

Monição: S. Paulo, ao apresentar Jesus Cristo e a sua obra, sintetiza o plano salvador de Deus. Afirma que Jesus, Filho de Deus, tinha sido «prometido pelos profetas nas sagradas Escrituras».

Evangelho (Mt 1, 18-24)

Monição: O Evangelho conduz-nos de novo a Maria, ás circunstâncias que ela viveu nos dias que precederam o nascimento do Senhor. Saudemos Aquele que ela trouxe no seu seio.

A Virgem e o Emanuel 4j146w

No Quarto Domingo do Advento entra em cena Maria. Seu Filho é o Deus conosco e já se faz presente, ainda de modo velado, mas real, no seio da Virgem, que concebeu por obra do Espírito Santo (cf. Mt 1, 18 – 24).

Ao descrever a genealogia de Jesus, Mateus demonstra que é verdadeiro homem, filho de Davi, filho de Abraão; ao narrar o Seu nascimento de Maria Virgem, que foi mãe por virtude do Espírito Santo, afirma que é verdadeiro Deus; e, finalmente, ao citar o profeta Isaias, declara que Ele é o Salvador prometido pelos profetas, o Emanuel, o Deus conosco.

Nossa Senhora fomenta na alma a alegria, porque, quando procuramos a sua intimidade, leva-nos a Cristo. Ela é Mestra de esperança. Maria proclama que a chamarão bem-aventurada todas as gerações (Lc. 1, 18).

Dentro de poucos dias veremos Jesus reclinado numa manjedoura, o que é uma prova de misericórdia e do amor de Deus. Poderemos dizer: “Nesta noite de Natal, tudo pára dentro de mim. Estar diante dEle; não há nada mais do que Ele na branca imensidão. Não diz nada, mas está aí… Ele é o Deus amando-me. E se Deus se faz homem e me ama, como não procurá-Lo? Como perder a esperança de encontrá-Lo, se é Ele que me procura? Afastemos todo o possível desalento; as dificuldades exteriores e a nossa miséria pessoal não podem nada diante da alegria do Natal que se aproxima.

Faltam poucos dias para que vejamos no presépio Aquele que os profetas predisseram, que a Virgem esperou com amor de mãe, que João anunciou estar próximo e depois mostrou presente entre os homens.

Desde o presépio de Belém até o momento da sua Ascensão aos céus, Jesus Cristo proclama uma mensagem de esperança. Ele é a garantia plena de que alcançaremos os bens prometidos. Olhamos para a gruta de Belém, em vigilante espera, e compreendemos que somente com Ele poderemos aproximar-nos confiadamente de Deus Pai.

Nas festas que celebramos por ocasião do Natal, lutemos com todas as nossas forças, agora e sempre, contra o desânimo na vida espiritual, o consumismo exagerado, e a preocupação quase exclusiva pelos bens materiais. Na medida em que o mundo se cansar da sua esperança cristã, a alternativa que lhe há de restar será o materialismo, do tipo que já conhecemos; isso e nada mais. Por isso, nenhuma nova palavra terá atrativo para nós se não nos devolver à gruta de Belém, para que ali possamos humilhar o nosso orgulho, aumentar a nossa caridade e dilatar o nosso sentimento de reverência com a visão de uma pureza deslumbrante.

O Espírito do Advento consiste em boa parte em vivermos unidos à Virgem Maria neste tempo em que Ela traz Jesus em seu seio.

A devoção a Nossa Senhora é a maior garantia de que não nos faltarão os meios necessários para alcançarmos a felicidade eterna a que fomos destinados. Maria é verdadeiramente “porto dos que naufragam, consolo do mundo, resgate dos cativos, alegria dos enfermos” (Santo Afonso M. de Ligório). Nestes dias que precedem o Natal e sempre, peçamos-Lhe a graça de saber permanecer, cheios de fé, à espera do seu Filho Jesus Cristo, o Messias anunciado pelos Profetas.

 Mons. José Maria Pereira

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