Jesus diz a Santa Faustina: “Coloquem a esperança na Minha Misericórdia, os maiores pecadores. Eles têm mais direito do que os outros à confiança no abismo da Minha Misericórdia. (Diário de Santa Faustina, 1146)”. Diante da promessa de Cristo, recorremos diariamente à misericórdia de Deus e o seu amor paterno, confiantes em sua infinita compaixão. Assim, atendendo ao apelo do próprio Jesus pelas palavras de Santa Faustina, São João Paulo II estabeleceu o segundo domingo da Páscoa como a Festa da Divina Misericórdia.

Como não amar e não recorrer a esse Deus que, por imensa bondade, enviou o Seu Filho Unigênito para nos salvar de todos os pecados? De fato, a Festa da Divina Misericórdia, que vivenciamos este mês de abril, nos convida a experimentarmos, de forma mais profunda, esta compaixão divina, esse amor que nos liberta de qualquer situação de pecado ou fraquezas.  Ao longo da nossa vida espiritual, compreendemos que acolhemos tão mais perfeita e profundamente este perdão de Deus quanto mais forem em nós a humildade e a confiança.

Neste sentido, Maria é para nós esse exemplo de abandono e confiança no rosto misericordioso de Deus. Ela foi a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus, ando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa.

Peçamos ao Senhor que a misericórdia de Deus nos faça mais misericordiosos com o próximo, pois, como nos afirmava o Papa São João II: “Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Misericórdia Divina!”.

Padre Antonio Martins Irineu (Reitor do Santuário de Fátima da Serra Grande)