Agricultores no campo da paz – Audiência do Pontífice à plenária da Roaco v4o5u
L’Osservatore Romano
A paz é um fruto que deve ser cultivado «por várias mãos», mesmo se o «verdadeiro agricultor» é Deus. Recordou o Papa esta manhã, quinta-feira 26 de Junho, frisando o papel dos membros da Reunião das obras de ajuda às Igrejas orientais (Roaco) como estreitos colaboradores de Deus no «canteiro» da paz através da sua acção caritativa.
Durante a audiência, que teve lugar na Sala Clementina, o Pontífice recordou a importância da viagem realizada há um mês à Terra Santa, convidando a rezar para que «dê frutos abundantes»: é o Senhor – recordou – «que os faz germinar e crescer, se nos confiarmos a ele com a oração e perseverarmos, não obstante as contrariedades, pelas veredas do Evangelho». Eis por que o convite a prosseguir no testemunho da caridade, «que constitui a finalidade mais verdadeira das vossas organizações. Com a unidade e a caridade os discípulos de Cristo cultivam a paz para cada povo e comunidade vencendo as discriminações persistentes, começando por aquelas devido a causas religiosas».
O bispo de Roma exortou expressamente os pastores e os fiéis das Igrejas orientais a perseverar na fé e na esperança, «permanecendo lá onde nasceram e onde ressoou desde o início o Evangelho do Filho de Deus feito homem». E garantiu que «as suas lágrimas e receios são os nossos, assim como a sua esperança. Será a nossa solidariedade que demonstrará isto, se conseguir ser concreta e eficaz, capaz de estimular a comunidade internacional em defesa dos direitos dos indivíduos e dos povos». Um pensamento particular foi dirigido aos cristãos da Síria e do Iraque, assim como aos da Terra Santa e do Próximo Oriente, sem esquecer «a amada Ucrânia» e a Roménia.